Total de visualizações de página

Páginas

terça-feira, 11 de maio de 2010

Educação e Tecnologias


Um dos objetivos da criação desse blog, é o prazer de exercitar a escrita assim como sintetizar e compartilhar experiências tais como: leituras, filmes, vídeos, viagens, dentre outros. Dessa forma venho socializar a leitura do livro Educação e Tecnologias o novo ritmo da informação de Vani Moreira Kenski. É uma leitura básica e atual sobre tecnologias digitais e educação.

O QUE SÃO TECNOLOGIAS E PORQUE ELAS SÃO ESSENCIAIS

Tecnologias são produções culturais que auxiliam o homem em suas atividades e a manter a supremacia sendo assim, instrumento de poder. De acordo com a autora, as grandes potências, para ampliar o poder politico e econômico, gastam seu orçamento com tecnologia e inovações para manter essa supremacia. Dessa forma o vínculo entre conhecimento poder e tecnologia estão presentes em todas as épocas e tipos de relações sociais. No caso da divisão da sociedade em classes e manutenção do Status quo creio que as tecnologias podem facilitar a reprodução conceito desenvolvido por Bourdieu que afirma que a escola e a educação em geral em vez de ter uma ação transformadora reproduz e reforça as desigualdades sociais, sendo, nesse caso, a tecnologia, um capital cultutal, dominado pelas elites, contribuindo com que as mesmas cheguem aos mais altos níveis de escolaridade e a posições de liderança. Os que não dominam esse código, saõ excluídos precocemente de sua escolaridade, e o resultado todos sabemos. É um ciclo que se auto-alimenta.

TECNOLOGIAS TAMBÉM SERVEM PARA INFORMAR E COMUNICAR

A evolução da tecnologia da comunicação se inicia com os primeiros registros da linguagem ,até então oral, nas paredes das cavernas passando para o papiro e dando um grande salto com a criação da imprensa. Acontecendo assim uma autonomia na informação, sendo descessário a presença física do autor ou narrador para que o fato seja comunicado. A complexidade dos códigos da escrita cria uma hierarquia social excluíndo os não-alfabetizados. A linguagem digital engloba aspectos da oralidade e da escrita em novos contextos estabelecendo novas relações entre conteúdos, espaços, tempo e pessoas diferentes convergindo entre si, sendo uma imensa e complexa rede de meios de comunicação interligando pessoas, informações e organizações permanentemente. Criando dessa forma, um ciberespaço que segundo LEVY (1999 ) é um imenso metamundo virtual e heterogênio em transformação permanente sendo um espaço de comunicação navegável e transparente centrado na informação. Outra coisa importante que a liguagem digital/internet/TV favorece é a grande interação que possibilita no acesso a informação. Diferente das TV´s analógicas, jorais impressos, etc. Em que a recepção da informação ocorre de forma mais unidirecional, a digital é multidirecional possibilita uma integração entre o espectador e a informação ( novela, documentário, filme, jornal, etc) podendo se interagir de forma mais crítica e até afetiva, convergindo as informações que podem ser relacionadas, mixadas, recortadas, ampliadas e fundidas de acordo com o interesse de quem a acesse.

TECNOLOGIAS TAMBÉM SERVEM PARA FAZER EDUCAÇÃO

A autora inicia o capítulo afirmando que tecnologia e informação são indissociáveis concordo com ela e complemento que relcionado a isso devamos refletir sobre a serviço de quem está essa tecnologia e essa informação. Juana Maria Sancho em seu livro Tecnologias para transformar a educação. afirma que as tecnologias da comunicação não são neutras, estão sendo desenvolvidas e utilizadas em um mundo cheios de valores e interesses que não favorecem toda a população. Nós educadores devemos nos questionar sempre sobre a serviço de quem está o avanço tecnológico da educação ( melhorar o ensino e motivar os alunos a criar redes de colaboração) ou ao capital ( aumentar a produção de bens e riquesa, mas sua distribuição ser de forma desproporcional, aumentando a desigualdade sociocultural)
As tecnologias na educação são além de meros recursos didáticos, elas ampliam e modificam a forma de medição na relação professor/aluno e ensino/aprendizagem. Provocando uma ruptura com o pensamento hierarquizado dessa relação assim como possibilitando que o aluno construa seu conhecimento com um mundo de opções e de acordo com seu interesse. O Ciber espaço afeta e reestrutura a cognição. Crianças e jovens conteporâneos aos usos dessas tecnologias lêem zapeando textos, jogam, se informam, escutam música, e interagem com amigos virtuais pelo messenger, twitter, orkut. Tudo ao mesmo tempo. Acabou-se a cultura de uma coisa de cada vez e a escola deve fornecer experiências pedagógicas de froma que os alunos construam e produzam conhecimento utilizando essa tecnologia e aprendendo colaborativamente. A KENSKI (2007) aponta que:

A escola precisa assumir o papel formar cidadãos para a
complexidade do mundo e para os desafios que ele propõe.
Preparar cidadãos conscientes para lidar criticamente com o
exesso de informações e mudança, a fim de lidar com as
inovações e as transformações sucessivas dos conhecimentos
em todas as áreas. (KENSKI 2007, p. 64)



DAS SALAS DE AULA AOS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM

As tecnologias ampliam as possibilidades de ensino além do curto e delimitado espaço da presença física entre professores e alunos na mesma sala de aula. A grande possibilidade de interação que a maioria das plataformas de EAD. Segundo Moore (2004) Quanto maior for a interação e comunicação entre os participantes do processo, novas técnicas e tecnologias vem sendo desenvolvidas, visando obter o máximo de aproximação nas atividades realizadas à distância, no ciberespaço.

Dessa forma se torna emergente a democratização do acesso às tecnologias digitais se a escola realmente transformadora levando os homens à sua evolução e emancipação. Politicas públicas existem mas ainda são muito tímidas. A educação brasileira ainda precisa ampliar qualitativamente as iniciativas que estão em andamento para atender adequadamente à demanda da área Além dos problemas relacionados à formação inicial e continuada de professores e outros, intrínsecos ao currículo, muitas escolas públicas brasileiras ainda carecem da estrutura básica para a prática de ciências e tecnologias.

REFERÊENCIAS

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: Editora 34, 1999.

SANCHO, J. M.; HERNANDEZ, F. et al. (Org). Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2006.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Ed. Papirus, 2007.



Um grande abraço!

Maíra Nobre



2 comentários:

  1. Muito bom o texto, porém, se aceitar uma "crítica" construtiva, procure ter mais atenção ao digitar para evitar erros de digitações nas palavras, pois podem parecer erros de português, o que não se enquadra num texto tão bem escrito como o seu. Também, tome cuidado com os erros de português em palavras com s/z, c/ss... Uma dica é digitar as palavras no WORD, sempre que tiver dúvidas de como se escreve, ou buscar sinônimos para não falhar no português. Parabéns pelo texto, mas não leve a mal meus comentários, pois penso que o erro é construtivo.

    ResponderExcluir