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domingo, 10 de março de 2013

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL.  

                 As mudanças que ocorreram no setor produtivo nos últimos 20 anos deram um lugar especial à educação profissional. Vivenciamos nesta ultima década uma forte expansão do setor tanto no setor público quanto no privado, diga-se de passagem, também financiado pelo setor público. Com base em Zarifian (2001, p. 135), pode-se afirmar que há uma mudança de eixo nas relações entre trabalho e educação, a partir da mediação da base microeletrônica com seus impactos nas formas de toyotistas de organizar o trabalho, que se evidencia a partir da mudança na natureza do trabalho, que deixa de significar fazeres, para passar a significar intervenção. Tem-se a necessidade de que a formação dada a esses profissionais que atuarão no setor produto produtivo que os conhecimentos adquiridos nesse formação transformem-se em competências. 
o desenvolvimento de competências cognitivas complexas e de
relacionamento, tais como análise, síntese, estabelecimento de
relações, criação de soluções inovadoras, rapidez de resposta,
comunicação clara e precisa, interpretação e uso de diferentes
formas de linguagem, capacidade para trabalhar em grupo,
gerenciar processos para atingir metas, trabalhar com prioridades,
avaliar, lidar com as diferenças, enfrentar os desafios das mudanças
permanentes, resistir a pressões, desenvolver o raciocínio lógicoformal
aliado à intuição criadora, buscar aprender
permanentemente, e assim por diante (Kuenzer, 1999).
      Dessa forma tem-se a necessidade de que o conhecimento a ser trabalhado seja articulado entre teoria e prática. Assumindo a forma de Práxis. Há de se ressaltar nesse contexto o trabalho da Marise Ramos (2001), que desenvolver competências não é atribuição da escola apontando que o desenvolvimento de competências acontece no espaço laboral, embora os processos escolares contribuam para este desenvolvimento através da promoção do acesso ao conhecimento e ao domínio do método científico, desde que integrados à prática social. 
      Dentre essas importantes necessidades de formação supracitada faz-se uma reflexão sobre a formação do professor da educação profissional. Sabemos que muitas vezes esses professores vem de bacharelados, engenharias com pouco ou nenhum conhecimento na área didática. Sem um curso de licenciatura. Há de considerar que ser um bom engenheiro mecânico não significa ser um bom professor,capaz de transpor o conhecimento científico para os espaços escolares. 
     Para entendermos como a formação de professores vem sendo tratada na educação profissional, faz-se necessário uma análise histórica contextualizando essa formação nesse processo. 

Em construção...

sábado, 9 de março de 2013



Diário de classe

Participar da disciplina Saberes da Tradição me proporcionou a quebra da vários paradigmas que eu tinha em relação à educação. O primeiro deles é em relação à hierarquização que eu percebia entre saberes científicos e saberes da tradição. Pude perceber que esses saberes possuem formas elementares de se conceber e atuar assim podem complementar-se.  Há razões justificáveis para esse meu equívoco . A ruptura entre conhecimento popular e científico (ou erudito e popular) em nossa cultura é uma herança da revolução científica no Ocidente, desde Copérnico, passando pelo pensamento inaugurador da modernidade, o Iluminismo. Mesmo na pós-modernidade, quando se relativizam as certezas e a própria noção de verdade, a ciência não perde seu papel central na cultura, atestando o saber que pode ser reconhecido como válido ou legítimo.
Outra quebra de paradigma que tive foi em relação o termo “ Sociedade do conhecimento” o qual eu sempre utiliza em citações em meu trabalho e assim caracterizava em minhas aulas como um elemento novo que transitava em diversas áreas como educação, economia, ciência e tecnologia. São características dessa conjuntura: competitividade, individualismo, livre concorrência, qualidade total, consumo exagerado, mão de obra qualificada que domine os meios tecnológicos, globalização, perda de hegemonia e identidade, dentre outros. Outra característica marcante destas sociedades é que o conhecimento teórico e os serviços baseados no conhecimento tornam-se os componentes principais de qualquer atividade econômica. Com as leituras da disciplina e com as discussões feitas em sala pude refletir que: o conhecimento sempre fez parte das diversas relações humanas aparecendo nas formas pictóricas, orais, escritas, digitais, dentre outros e que sim vivemos na sociedade da hiperconexão como mundo digital centralizando múltiplos usos, e variadas formas de sociabilidade.
Assim pude concluir a disciplina considerando essa interação com os saberes da tradição necessária a nossa condição de ser  humano, de forma holística.assim como contribui para o desenvolvimento da ciência e da preservação do planeta.

Maíra Nobre de Castro
Disciplina: Educação, Saberes da Tradição e Autoformação
Mestrado em Educação UERN