Ao longo da minha trajetória como servidora pública
federal, lotada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
(IFCE), tive a oportunidade de ocupar cargos de gestão. Essa posição de
privilégio favoreceu a minha percepção, a partir de um olhar “de dentro”, que
as políticas de inclusão e desenvolvimento nem sempre são percebidas como
imprescindíveis pela maioria daqueles que compõem o poder de decisão estatal,
muito embora sejam extremamente necessárias e em determinadas circunstâncias,
fundamentais. Desse modo, as oportunidades me conduziram a
participação em vários programas relacionados às
práticas econômicas e atividades produtivas. Tais experiências, absorvidas
dentro e fora da instituição que trabalho, possibilitaram para além das práxis
de atuação nos programas, o aprimoramento de um olhar atento e curioso para
essas políticas, suas possíveis relações com o capitalismo, e seus processos
hegemônicos de acumulação.